TERRA MINHA

UM DIA IREI PUBLICAR ESTE LIVRO. UM DIA...

Tuesday, May 20, 2008


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A MINHA MÚSICA

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CUBAL

Um dia perguntei-lhe
Sabes onde é?
Sabes como é o Cubal?
Não me respondeu, mas
Pegou numa folha de papel
E desenhou.
A verde, uns rabiscos de sisal
Com um lápis preto traçou o rio
Juro que vi os jacarés ao sol
E meninos tremendo de frio
Com o mesmo lápis traçou ao lado
Uma enorme serpente de ferro
Perdendo-se lá longe na mata
Dissolvida num cacimbo nublado.
Com todas as cores que arranjou
Desenhou o casario
E as acácias em flor.
A castanho fez uma estrada para norte
E um pouco à frente, a azul
Desenhou um pontinho
A medo, perguntei um pouco à sorte
Isso parece-me a lagoa.
Claro que é, não há lagoas a sul.
Voltou atrás e desenhou outra estrada
E, um pouco à frente
Numa curva desenhou umas “alminhas”
E logo depois
Fez uma casa que parecia abandonada
Nas árvores em redor, pôs levemente
Muitos bicos de lacre e zonguinhas
A toda a volta do desenho continuou
A rabiscar verde de vários tons
Disse-me
São as matas da tua infância
Onde tantas vezes te perdeste e
Encontraste.
Não me ia esquecer, sabes como sou.
Não vês os catuites e as rolas?
E aquela cabra de leque pastando?
Espera, ainda falta qualquer coisa
E desenhou a azul muito escuro
Nuvens densas e uma chuva bravia
Desculpa, mas não consigo desenhar
O cheiro doce que a terra trazia.
Esse, vais ter que ser tu a imaginar.
Como é possível, ver esse Cubal
Sem nunca lá teres estado?
Enganas-te
Toda a vida vivi rodeada de sisal
Conheci cada palmo nas tuas histórias
Sei de todos, todos os teus amigos
E todos eles vivem como tu
Enredados nas mesmas memórias.

Henrique Faria


O MEU PAÍS

Dentro da minha cabeça
Tenho uma caixa de lápis de cor
Com que pinto os sonhos.
Neste
Pego no lápis castanho escuro
E pinto duas muanhas altivas
Que passavam perto de mim.
Dou-lhes mais um pequeno toque
Para que se veja o andar
Que só as gentes do sul têm
E que nós tão bem conhecemos
E para podermos ouvir
Os chocalhos amarrados na canela.
Peguei nos verdes, ah os verdes
E tive que usar todos os tons
Para pintar as matas densas
Passei levemente por cima
O lápis cinzento
Como esquecer-me dos cacimbos
Que tantas vezes me arrepiaram a pele?
Lá ao longe dois morros de basalto
Cortam o horizonte da savana
Pinto-os com o lápis preto.
Com o lápis amarelo dourado
Pinto a imensa anhara
Onde tantas vezes me perdi
E me encontrei.
No meu sonho tinha chovido
Uma chuva bravia, poderosa
Desenhando alinhavos no pano da tarde
E cheirava intensamente
Aquele cheiro da terra depois da chuva
Não o pintei, não consegui
Afinal
De que cor se pinta o cio da terra?
Com o lápis vermelho
Pintei o sol enorme de fim de tarde
E vi no mar
Aquele imenso rasto de sangue
Por fim, com o lápis azul
Sempre o lápis azul
Coloquei no canto direito
A minha assinatura
Esperando, ansiando
Que gostem deste sonho.
Não o vendo, apenas o ofereço
Afinal,
Que preço pode ter um país?

Henrique Faria


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